domingo, 18 de outubro de 2009

Carbonização nos motores atuais






A carbonização é um problema que poderia ser sanado, devido a evolução tecnológica
Nessa matéria vou explicar algumas formas para resolver esse tipo de problema frequente nas oficinas. Com o objetivo de elevar a potência, sem gastar muito combustível e em motores de baixas cilindradas, houve grandes mudanças nos processos de funcionamento do motor. Seguindo esse conceito, a melhora na verdade vem da câmara de combustão do motor. Nos anos 70 os motores de grande cilindrada tinham uma taxa de compressão moderada, oscilava entre 7: 1 e 8:1 e as máximas potências manifestavam-se em torno de 4.000 RPM. Hoje este cenário é bem diferente, as taxas de compressão usadas nos motores atuais estão acima dos 10:1 chegando ao limite de Nº de octano dos combustíveis. Quando a taxa de compressão é elevada, o valor da potência gerada pelo propulsor sobe, em contra partida, os esforços internos também sobem bem mais do que o ganho obtido com esse incremento. Há experiências que mostram que ao ultrapassar o valor de 10:1, os esforços começam a disparar. Um exemplo vem dos propulsores 1.0 e 1.0 VHC produzidos pela General Motors do Brasil, onde o primeiro atinge seu valor máximo de potência aos 6.000 RPM e o VHC aos 6.400 RPM. Quando o incremento do valor é significativo, como no caso citado anteriormente, em que a taxa passou de 9.4:1 para 12.6:1, a temperatura de combustão se eleva, assim como outros residuos. Por causa destas mudanças os motores alteraram suas caractéristas construtivas. As folgas tiveram de ser diminuidas para minimizar vibrações dos esforços e também para minimizar o blow by, ou seja deixar mas estanco a área onde se produz a combustão.( pistão, cilindro, anéis etc).Com certeza o óleo entrou também na jogada, pois houve mudanças nas folgas do motor, elas são menores, portanto a viscosidade deverá ser diferente. A temperatura de trabalho do motor é maior, também, há uma diferença na quantidade e na diversidade dos residuos de combustão que são produzidos como conseqüência desta melhora. Será que um óleo dos anos 70 poderia atender as novas necessidades ?Os motores foram evoluindo para melhor aproveitar a queima da gasolina. Mas esta também teve de ser aperfeiçoada para contribuir na melhora da combustão e reduzir os poluentes da sua quiema. A gasolina é um combustível constituído basicamente por hidrocarbonetos. Eles são, em geral, mais leves do que aqueles do óleo diesel, e ao mesmo tempo mais pesados que os solventes refinados e de alta qualidade. Já pensou se há mudanças na composição da gasolina e nas suas características quimicas?, O que sairá da combustão?, O que será do óleo?
Mas o que tem a ver o óleo com a gasolina?As maiores temperaturas nas peças móveis do motor facilitam o ambiente de oxidação do óleo. O processo de oxidação não só acontece em substâncias metálicas, mas de fato todas as subtâncias estão propensas a este fenômeno. Além do fenômeno de oxidação, há outro problema, o fato de ter melhorado o processo de combustão, não dispensa a criação dos ácidos na fase de aquecimento do motor. Estes ácidos são produtos dos vapores residuais da combustão abaixo da temperatura do seu ponto de orvalho, isto é, formação de gotículas na superficie do metal frio em contato.Estes ácidos são corrosivos e reagem com o óleo que se encontra alí, isto produz a conhecida formação de borra através da dispersão e solubilização destes ácidos no próprio óleo.Esse fenômeno se agrava quando o motor opera em faixas de temperaturas abaixo da normal de funcionamento, ou em situações de baixa rotação onde a quiema do combustível não é tão eficaz. Por outro lado o motor em baixas rotações não tem o mesmo nível de estanco do que a dos que trabalham em altas rotações.É mais simples agora de entender porque um veículo que roda mais em estradas, apresenta um motor com um índice de carbonização menor do que a de um veículo que vive em um cenário urbano com freqüência.Porém, deve ficar claro que todos os ajustes e calibrações são feitas baseadas num padrão de combustível e em um padrão de óleo. Neste caso prefiro deixar por conta da sua imaginação o que pode acontecer quando as propriedades destes sistemas forem modificadas por algum motivo.

Os pontos principais dessa análise são:
1.
a)A tecnologia dos motores evoluiu, porém de forma radical. Hoje eles trabalham em rotações bem maiores e em temperaturas mais elevadas. b) A falta de manutenção dos sistemas envolvidos com freqüência pode adiar o problema. c) Quando a esmola é de mais, todo santo desconfia. Gasolina barata em pensar, a procedência do petróleo influência e muito nesse quesito. d) O mesmo deve ser aplicado nos lubrificantes. Óleo de baixa qualidade ou com a númeração incorreta pode ser fatal para o motor do automóvel.

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